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PC Games

PC Baratinho fica open source: colocamos o Steam OS em nosso computador de baixo custo!

Chega da opressão dos sistemas de código fechado. O nosso PC Baratinho dá uma guinada para um mundo mais livre e hoje abraça a causa do pinguim: vamos experimentar o Steam OS, uma distribuição encabeçada pela Valve, com foco em games e que é baseada em Linux (sendo mais específico, ela parte do Debian).

Nosso inexpugnável computador está atualmente com a seguinte configuração: 

PC Baratinho para Jogar Adrenaline versão 2.1:

– Processador Intel Pentium G3258 AMD A8 5600K – R$ 329
– Placa-mãe Asus A58M-A/BR – R$ 207
– Placa de vídeo Nvidia GTX 750Ti – R$ 661 – Análise da placa
– HD de 1TB Seagate Barracuda 1TB – R$ 270
2GB 4GB 8GB (2x4GB) de memória RAM – 2x R$ 159
– Fonte 350W –  R$ 115
– Tela, mouse e teclado reaproveitados de PCs velhos – R$ 0 

Custo total (26/06): R$ 1.900

Instalando o Steam OS
Felizmente o processo de instalação do sistema ficou mais simples, e não é preciso muito mais que um pendrive, 20 minutos e um computador-cobaia indefeso para ter uma Steam Machine para chamar de sua. Para essa instalação, você precisa de:

– Um PC com 4GB de RAM, disco com 1TB, placa-mãe com suporte ao boot UEFI  e uma porta USB.
– Pendrive com no mínimo 4GB de capacidade

Os passos são simples:

1) Baixe os arquivos da instalação padrão do sistema
2) Formate o pendrive no padrão FAT32 e o renomeie para “SYSRESTORE”
3) Extraia todo o conteúdo do arquivo SteamOSImage.zip para dentro do pendrive
4) Inicie o computador com pendrive em uma porta USB do PC que você pretende instalar o SteamOS. Mantenha pressionado o botão para selecionar disco de boot (normalmente F8 ou F10, F11 ou até F2, dependendo do fabricante de sua placa-mãe)
5) Selecione o seu pendrive para boot, que deve aparecer com o nome “UEFI: Nome do fabricante do pendrive”
6) Selecione “Restore Disk”. Esse processo irá apagar todos os seus dados do computador

Nossas impressões
A Valve fez um serviço excelente em adaptar a interface do Steam para uma interação focada no controle. Essa é uma etapa indispensável se o objetivo desse sistema é se tornar o software de um computador na sala, e que deve ser o mais intuitivo possível.

Porém, comparado com os consoles, que não apenas migraram para sala, mas que já “nasceram por lá”, ainda há coisas que o Steam OS está devendo. Com potencial para ser uma central multimídia, o sistema da Valve precisa embarcar outras capacidades como rodar filmes, músicas e serviços de streaming, como Spotify ou Netflix. Ficar apenas em jogos colocam as Steam Machines em desvantagem frente a consoles e até mesmo a optar pelo próprio Windows como SO do computador.

Partindo para biblioteca de jogos, há uma evolução no ecossistema de games no Steam OS. Os indies já tem uma presença marcante no Linux, e garantem excelentes (e muitas vezes, os mais inovadores) títulos capazes de entreter o gamer por horas. Além dos independentes, a Valve já encaminhou muito de sua biblioteca para o lado opensource da força, e vem ganhando força com outras produções de peso, como Metro, Bioshock e Shadow of Mordor.

Não dá para dizer que o gamer do SteamOS não tenha opções de jogos, mas ainda há uma lacuna considerável se você comparar o que está disponível no Windows e no Linux. O ecossistema da Valve vem crescendo e isso é excelente, mas quem quiser se aventurar pelo sistema deve estar ciente que ainda sofrerá com perdas importantes comparado ao que teria disponível no sistema da Microsoft.

Em termos de performance e qualidade gráfica, e utilizando o jogo “Metro: Last Light” na comparação, não dá para afirmar que a coisa penda de forma definitiva para um lado. As diferentes APIs trazem resultados diferentes na parte gráfica, porém nada que desqualifique algum dos sistemas. No desempenho, configurando no Ultra, o Windows segurou pouco acima dos 30FPS e o Linux pouco abaixo, uma diferença que novamente não dá a vitória de forma marcante para nenhum dos dois. Se o Windows tem pela frente a promissora API DirectX 12, o Linux tem como arma a Vulkan, outra aplicação baseada em instruções de baixo nível, logo vamos precisar esperar pelos “próximos capítulos” para ver como as coisas ficam.

Por fim, a conclusão em relação o nosso primeiro teste com o SteamOS ainda não mudou: é cedo para migrar para o sistema, algo que só entusiastas devem experimentar. O sistema ainda precisa crescer em jogos e funcionalidades para realmente se tornar o “motor” do entretenimento de seu PC na televisão. De qualquer forma, sua evolução progressiva é algo muito bem-vindo. O monopólio da Microsoft – uma empresa muitas vezes mais interessada no XBox e que nos brindou com descasos com o Windows Live for Games – seria algo que adoraria ver ameaçado nos computadores. 

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