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Android Lollipop: o que muda com a versão 5.0 do Android

O Lollipop, a nova versão do Android, começou a chegar a diversos dispositivos, caso de alguns modelos da linha Moto, o LG G3 e o Nvidia Shield. A versão 5.0 do sistema Android traz como principal modificação uma nova interface, a Material Design, um novo estilo de desenho dos elementos da tela, melhorias no gerenciamento de energia, administração de múltiplos usuÁrios e performance. Vamos a uma anÁlise mais detalhada de cada um destes aspectos!

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Quais aparelhos vão receber o update para o Android 5.0 (codinome Lollipop)


O novo design 

O “Material Design”, nome do novo estilo do Android, parte de um conceito tridimensional – coisas estão mais “para frente”, outras mais “para trÁs” – e transições que sempre mostram de onde vem cada elemento, e para onde vão. 

Em geral, os efeitos ficaram bem bacanas, e dão uma nova sensação de fluidez na interface, que agora parece muito mais coerente, com cada coisa “surgindo” de algum lugar e sumindo para outros, elementos se sobrepondo de forma que jÁ fica indicado com que gesto você pode voltar atrÁs na ação. Os tempos também estão bons: elas são muito rÁpidas, o que pode não ter um efeito tão bacana quanto animações um pouco mais lentas, mas em compensação ganha no longo prazo por não ficar “emperrando” o uso do aparelho, e deixam as transições serem rÁpidas e eficientes.

{galeria::lollipop,Galeria de screenshots do Android Lollipop} 

A nova interface tem muitos acertos, deixando acessível comandos muito necessÁrios e trazendo um visual nas telas e transições muito agradÁveis

 

O mais interessante é o esforço da Google em unificar suas interfaces em múltiplos dispositivos. Isso significa serÁ este mesmo tipo de design que você encontrarÁ nas versões do sistema para televisores, carros e vestíveis, algo que serÁ muito positivo para quem utilizar múltiplos dispositivos do ecossistema da Google.


Tela de desbloqueio

A primeira tela do sistema recebeu importantes melhorias. As notificações aparecem em formato de cartões. Basta puxar para um dos lados para desconsiderar a notificação, e segurar por um tempo para ver qual app é responsÁvel por aquela notificação. É possível daí jÁ entrar nas configurações e desabilitar os alertas daquele app na tela de desbloqueio, se você preferir.



O que não entendi foi a opção da Google pelas duas batidas para abrir uma notificação. Se você pressiona apenas uma vez em uma notificação, ela fica levemente mais clara, e é preciso um segundo toque para abri-la. Este tipo de interação – que remete ao duplo clique do mouse lÁ nos PCs – não faz sentido nenhum no mundo das telas sensíveis a toque, onde estamos acostumados a encostar uma vez para ter acesso. O pior é que na barra de notificações basta um clique para abrir, o que torna o sistema inconsistente – ora reage de um jeito, ora de outro.

A tela de bloqueio também estÁ mais informativa em relação ao próprio gadget. Na base hÁ uma estimativa de quanto tempo de carga ainda hÁ disponível – dizer “falta 40 minutos para recarregar o aparelho” é sempre uma informação mais útil que dizer “46% de bateria disponível”. 

Outra adição bastante útil são os usuÁrios, no topo direito. Basta bater ali para alternar entre usuÁrios de forma Ágil.  


Barra de notificações

A barra de notificações recebeu uma importante repaginada. Além das últimas notificações, agora ela funciona em “dois tempos”: no primeiro deslizar, você abre as notificações, enquanto que a segunda puxada traz botões de atalho. Este estilo é bem melhor e mais Ágil que a necessidade de apertar um botão no topo para alternar entre notificações e atalhos, e também estÁ melhor esteticamente que soluções de outros fabricantes que misturam as duas coisas.

JÁ na barra de notificações temos acesso rÁpido a alternância de usuÁrios, ao painel de configurações e também o controle de bateria, suprindo a maioria dos comandos e ajustes cotidianos.

Meu único incômodo com esta Área é a falta de customização. Os elementos estão fixos, e não dÁ para definir quais atalhos e sensores que você quer ter por aqui, como incluir um atalho para o “modo avião”, ou um atalho para desabilitar as redes móveis de internet. Isto coloca o a interface do novo Android atrÁs de customizações de fabricantes como LG, Samsung e Sony, que dão espaço aos usuÁrios decidirem o que deixar ali, “na cara do gol”.


Performance 

O Android 5.0 traz como runtime definitiva o ART,  que promete aumentar a performance em até 4x e tornar o sistema muito mais responsivo. Em nossos benchmarks, a história não foi bem esta: na maioria das situações, os benchmarks rodavam melhor no Shield quando ele estava na versão 4.4.2, codinome KitKat.

 

 

Em uso geral a diferença de desempenho não é perceptível, mas o Shield Tablet não é uma boa referência. Com um dos hardwares mais potentes disponíveis do mundo Android, é difícil alguma eventual otimização ficar perceptível em um tablet que jÁ rodava com performance excelente. Vai ser mais interessante ver a performance em dispositivos mais limitados, como aqueles com apenas 512MB de memória RAM e processador dual-core com frequência baixa de operação. É aí que vai dar para saber o que o Lollipop é capaz, em termos de otimização.


Autonomia de bateria

Normalmente outra face de uma mesma moeda – mais performance e eficiência, menos consumo – a Google prometeu um gerenciamento mais avançado de bateria, algo que pode impactar em até 90 minutos a mais de bateria. Neste teste, a Google pode contar vantagem: apresentou uma melhora de aproximadamente 10% em nosso teste.

 

A autonomia de bateria aumentou; a performance, não.

Além das evoluções no gerenciamento de energia dos apps, o sistema conta agora com um modo bastante agressivo de economia, que pode ser ativo manualmente ou ao chegar a um certo nível restante de carga. A queda de performance é evidente, todas as transições de telas são suprimidas e o brilho de tela cai, tudo para segurar mais um tempo sem precisar da tomada. O sistema muda sua interface, com duas barras laranjas constantes no topo e na base, para indicar que gadget estÁ neste estado de “bateria na estica”. Basta desabilitar manualmente, ou ligar em qualquer fonte de energia, que o sistema sai desse modo.


Segurança

O novo Android implementou modificações importantes na Área de segurança. O Lollipop vem com criptografia de dados, para maior segurança, e novas ferramentas para desbloqueio de tela. O usuÁrio pode utilizar o reconhecimento facial – que funcionou muito bem em nossos testes, se você usar a tela na correta inclinação em relação ao seu rosto –  locais seguros e dispositivos próximos. Assim é possível ao gadget que em determinados locais ele não precisa pedir senha, ou que se um dispoitivo NFC ou Bluetooth estiver por perto – configuração de olho na tendência dos vestíveis – senhas também são dispensÁveis.

O Lollipop estÁ de olho em outros dispositivos e a interação com eles, como vestíveis, televisores e carros

 


Múltiplos usuÁrios

Uma vantagem importante comparado às versões anteriores é o gerenciamento de múltiplos perfis. A Google facilitou muito mudar de um usuÁrio a outro, algo que é bem promissor em tablets utilizados por múltiplas pessoas, ou por pessoas que preferem separar seu perfil de uso entre o “profissional” e o “pessoal”. Cada usuÁrio tem seus apps, e configura suas contas de forma diferente (a conta do Facebook de um não vai ficar abrindo na do outro, por exemplo).

O ponto negativo foi o desempenho. Em nosso uso com o Shield Tablet, houve sérios problemas de desempenho ao usar este recurso. Ao criar uma nova conta, é preciso alguns minutos para finalizar o processo, e após as etapas iniciais, o tablet ficou um tempo operando de forma “engasgada”. O gargalo deu as caras quando alternamos muitas vezes entre os usuÁrios, o que nos forçou a reiniciar o tablet, em alguns momentos. Como por hora só testamos o sistema no tablet da Nvidia, ainda não sabemos se isto é um problema localizado ou que atinge mais gadgets. 


Conclusão

As mudanças no Lollipop são muito interessantes. A tela de desbloqueio e a barra de notificações conseguem concentrar a maioria dos principais elementos do sistema, e muitas ações podem ser resolvidas diretamente delas. Apesar de trazer bastante customizações em seu funcionamento, ainda acho que falta mais liberdade ao usuÁrio de definir o que quer nestas duas telas bÁsicas da interação com o sistema Android.

O Lollipop traz importantes evoluções na interface, mas ainda precisa ser mais coerente em algumas interações e provar que pode trazer um impacto positivo na performance

As melhorias de performance no sistema mostraram duas faces. Em termos de bateria, houve uma evolução, mas em termos de desempenho não tivemos os efeitos prometidos. Em uso geral, a agilidade do sistema ficou no mesmo nível que observÁvamos nos tempo que o Android que equipava o Shield Tablet era o KitKat.

O destaque negativo foi a alternância entre usuÁrios: o Shield ficou bastante lento depois de trocar algumas vezes entre perfis, e perceber sérios problemas de lentidão, algo que por nossa pouca amostragem de aparelhos – só o Shield Tablet estÁ no Lollipop por aqui, até o momento – não sabemos se é o um problema localizado em nosso gadget.

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