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Halo 5: Guardians” é simplesmente o maior lançamento exclusivo do Xbox One em 2015. É a segunda aventura da nova trilogia iniciada pela produtora 343 Industries (a Bungie fechou a primeira trilogia). Master Chief agora divide as atenções com Spartan Locke e o resultado com certeza vai agradar aos fãs: o título combina tiroteios em primeira pessoa com gráficos de ponta. E o multiplyer online nos modos competitivo e cooperativo tem conteúdo de sobra para divertir por centenas de horas.

Linha do Tempo: conheça os games da franquia Halo

Abaixo você confere a análise de “Halo 5: Guardians”.

Dois heróis que se alternam numa história confusa

A história de “Halo 5: Guardians” é contada a partir dos pontos de vista dos esquadrões de Master Chief e de Spartan Locke. Depois dos eventos finais de “Halo 4“, Master Chief partiu numa missão pessoal que busca a fonte de uma mensagem misteriosa que aponta para o fim próximo da galáxia.

Já Spartan Locke recebe a missão de encontrar o herói da franquia, ao mesmo tempo em que tenta salvar a si próprio e o universo. Enquanto isso, a inteligência artificial Cortana fica cada vez mais descontrolada, e se torna um inimigo adicional que influencia todo o andamento da nova trilogia. 

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Complexo? Com certeza, ainda mais para uma aventura que dura 8h, em média. E aqui começa o maior dos problemas do jogo. A franquia “Halo” é conhecida por ter uma história densa, detalhada e bem contada. Só que, infelizmente, “Halo 5: Guardians” passa longe desse padrão.

A narrativa não consegue encontrar um ponto de equilíbrio para distribuir os acontecimentos de uma forma que e torne atraente e até mesmo entendível. Falta foco na condução, o que gera momentos tanto desconexos quanto confusos, inclusive para quem já acompanha a série há bastante tempo.

Algumas cenas épicas, principalmente a da introdução, são dignas dos melhores filmes de ação e acrescentam impacto em alguns trechos. Mas elas que não compensam a falta de situações realmente justificáveis e que, principalmente, expliquem o que está acontecendo no jogo.

No final das contas, a aventura termina numa cena bem morna, que gera um amontoado de perguntas e que não traz um gancho forte para prender a atenção e criar expectativa para o que pode acontecer no futuro. Uma coisa é certa: “Halo 6” tem um belo desafio pela frente para colocar tudo em ordem e encerrar este segunda trilogia dignamente.

Tiroteios fluidos a 60 quadros por segundo podiam ser mais variados

“Halo 5: Guardians” retoma os tradicionais tiros em primeira pessoa amplamente idolatrados pelos fãs da série. Como de costume, os controles são perfeitos, extremamente precisos e responsivos. Do jeito que dever ser num jogo do gênero.

A otimização dos comandos aproveita bem o potencial de conforto do joystick, o que resulta numa experiência sempre agradável de se jogar. A imersão é constante e morrer na campanha apenas reacende a vontade de rejogar e vencer cada trecho mais complicado.

O jogador passa por diversos cenários, uns mais amplos e outros mais apertados, atirando em tudo o que aparecer pela frente. Tudo roda a lisos 60 quadros por segundo, garantindo uma fluidez impecável das partidas.

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O game oferece uma boa quantidade de armas para usar, cada uma com um tipo de tiro, cadência de ataque e impacto distintos, algo primordial para ressaltar as vantagens e desvantagens de cada equipamento. São poucos os jogos do gênero que apresentam essa característica, sendo “Halo” um dos mais completos e um dos que melhor aplica esses efeitos.

Os veículos de combate também estão de volta. Quadriciclos e naves voadoras de diferentes portes e velocidade complementam as ações para o jogador causar o estrago que quiser. Há objetivos específicos que usam exclusivamente algum tipo de veículo, o que mostra o esforço da produtora em tentar variar a experiência de gameplay.

Infelizmente, isso funciona por tempo limitado, pois o título logo cai na fórmula clássica dos FPS: ondas de inimigos intermináveis que logo ficam cansativos por serem bastante genéricos, comprometendo parte da diversão da campanha, que já não tem uma história muito envolvente por si só.

“Halo 5: Guardians” ainda causa alguns tipos de frustrações. Os Guardians, por exemplo, aparentemente os inimigos mais poderosos do jogo, falsamente agem como chefes de fase e são facilmente derrotados. Eles até demandam algum tipo de estratégia para vencer, mas basta alguns tiros nos pontos fracos para as batalhas terminarem rapidamente.

O problema mesmo é que esses combates são antecipados no próprio jogo como algo de maior importância do que os inimigos mais simples. Só que acaba falhando em tentar se diferenciar dos outros momentos já descritos. A fase final, então, merece menção especial porque consegue ser a mais automática entre todas: os alienígenas se juntam exaustivamente e culmina na cena mais passiva de toda a campanha, sem qualquer controle do jogador na última ação do game.

Chame mais 3 amigos e se divirta no multiplayer cooperativo

Jogar a campanha sozinho é legal. Mas jogar companhado de mais 3 amigos é muito melhor. O que faz essa modalidade online (não tem split-screen) ser tão bacana em “Halo 5: Guardians” é a necessidade de jogar estrategicamente com seus companheiros de batalha, que fica cada vez mais interessante e divertida quanto mais alta for a dificuldade escolhida antes de iniciar os tiroteios.

Os objetivos não mudam, nem os tipos de inimigos, armas ou veículos. Mas isso não é problema algum: tem conteúdo o suficiente para divertir 4 jogadores juntos do começo ao fim. E a inteligência artificial costuma se adaptar rapidamente ao padrão de ataque do grupo, sempre buscando formas de encurralar o seu esquadrão e não deixar algum parceiro seu se sobressair perante toda à equipe.

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Aquela repetição toda de ondas intermináveis de inimigos da campanha quando se joga sozinho ganha um novo sentido no cooperativo, porque agora você não é o único responsável por deter todos os alienígenas e ainda precisa escolher uma série de armas ou equipamentos diferentes dos seus parceiros para deixar o seu time preparado para as situações mais adversas. Cansa menos e agrada mais, no geral.

Multiplayer competitivo para uma vida inteira

Jogar o cooperativo online com os amigos é muito legal. Mas se tem um recurso que define a franquia “Halo” é o robusto multiplayer online competitivo. E quanto a isso, os fãs não precisam se preocupar: “Halo 5: Guardians” traz conteúdo o suficiente para divertir por uma vida inteira. Tudo o que fez o nome da série está aqui: mapas imensos com level design exemplar, variedade absurda de armas, veículos e um sistema completo de evolução de nível com prêmios recompensadores. 

Basicamente, o multiplayer online competitivo se divide em duas grandes áreas. A primeira é a Arena, para no mínimo 8 jogadores, que traz os clássicos modos já amplamente conhecidos no gênero, como captura à bandeira, mata-mata em equipes, todos contra todos e um que requer apenas tiros na cabeça para marcar pontos. Os mapas são mais apertados, cheios de passagens secretas e verticalizados, perfeitos para ataques surpresa ou condições de fuga e proteção em massa de aliados. É bem frenético e testa constantemente os reflexos do jogador. 

Mas o grande destaque do multiplayer online competitivo fica para a Zona de Guerra (Warzone), a segunda parte, que comporta até 24 jogadores divididos em dois times (azul e vermelho com 12 soldados cada). Os mapas são grandiosos, lindíssimos e bem variados. A cadência de combate é mais sossegada que na Arena, trazendo segmentos balanceados para estratégias de combates a curtas e longas distâncias. Armas, veículos e equipamentos de todos os tipos estão presentes.

E tudo o que você tem que fazer é dominar certas áreas dos mapas. Cada uma dessas áreas (instalações futuristas) confere ao jogador tipos diferentes de benefícios temporários, como a possibilidade de controlar um veículo pesado ou alguma arma mais poderosa, que podem definir o rumo de uma batalha quando bem aproveitados. Ao mesmo tempo, o próprio jogo interfere no andamento das partidas, trazendo inimigos adicionais e chefes de fase para adicionar uma camada extra de desafio. 

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Ao final de cada partida, o jogador ainda recebe REQ (Requisições), pontos que podem ser usados na compra de pacotes de cartas que dão recompensas extras, como acesso a alguma arma mais potente, aumento na quantidade de experiência recebida, veículos exclusivos ou itens de customização na estética do seu soldado e dos equipamentos já conquistados. Esse recurso, além de ser inovador na franquia “Halo”, privilegia o jogador que se dedica aos tiroteios online, ainda que os novatos também consigam acesso a essa vantagens, só que com menos facilidade do que os mais experientes.

Gráficos belíssimos estão entre os melhores do console; dublagens de alto nível

Um dos pontos mais fortes de “Halo 5: Guardians” são os gráficos, mesmo em resolução que varia de 900p a 1080p, dependendo do que acontece na tela. Os cenários são belíssimos, cheios de cores e elementos de composição que diferenciam bastante uns dos outros. Esses ambientes ainda impressionam pelas suas estruturas grandiosas, adicionando uma camada bem generosa de escala colossal à aventura.

É comum, por exemplo, perder alguns minutos apreciando todo esse capricho da produtora para fazer com que o game nunca fique cansativo visualmente. A iluminação e as texturas também estão bem realistas: é muito bonito ver os raios solares penetrando numa caverna aquática ou os detalhes de sujeita e estilhaços nas armaduras dos protagonistas. Efeitos de poeira, fumaça e explosões complementam o esmero na parte técnica do jogo.

O áudio também tem seus momentos de bater palmas. A trilha sonora é competente em adicionar emoção e impactos extras ao enredo, conseguindo prender o interesse do jogador sobre a importância de cada cena mostrada.

E, como de costume, temos as ótimas dublagens em português brasileiro, que mantém o tradicional padrão de qualidade da série bem no alto. As interpretações e as entonações estão na medida e praticamente não há trechos estranhos ou desconexos por conta de adaptação da tradução.

{notas}

 

Prós

Jogabilidade perfeitamente otimizada a 60 quadros por segundo

Gráficos muito bem trabalhados nas texturas e na iluminação

Cenários absurdamente lindos e bem diversificados

Ótima variedade de armas e satisfatória de veículos

Multiplayer online competitivo atende a todas as exigências dos fãs

Dublagens em português brasileiro na medida

Contras

História mal desenvolvida gera confusão e desinteresse 

Fórmula repetitiva nos tiroteios cansa com o tempo

Inimigos alienígenas muito genéricos

Faltam batalhas marcantes (“chefes” são frustrantes e não empolgam)

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