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As baterias de smartphones estão piores, e a culpa é nossa

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A transição dos celulares para os smartphones nos trouxe várias capacidades, mas também nos forçou a entrar para uma nova religião: a dos adoradores de carregadores. Com autonomias que seguram (em caso de um milagre) três dias, qualquer viagem que dure mais de um dia ou dois torna um acessório para recarregar o seu celular em um item indispensável.

Bons de bateria: os smartphones com as melhores (e piores) autonomias

O curioso é que todos os demais aspectos, esses aparelhos evoluíram. Telas ganharam mais resolução, câmeras mais megapixels e a espessura perdeu lá seus milímetros. Só a famigerada autonomia que continua na mesma. Na verdade, está pior. Basta ver esses nossos testes de bateria e comparar a antiga e a nova geração de aparelhos. Praticamente todos pioraram seu resultado, misto de baterias menores com chips mais potentes combinados a telas mais brilhantes e nítidas.

Ainda não recebemos para testar um Xperia Z3+/Z4, mas considerando que a bateria sofreu uma redução de 300 mAh e o processador Qualcomm 801 deu lugar ao polêmico Qualcomm 810, não dá para ficar otimista sobre um resultado melhor deste modelo, da mesma forma como o HTC M9 tem sido duramente criticado por ficar menos tempo longe da tomada que seu antecessor.

Por que esse processo acontece? Acho difícil que seja porque estamos contentes com a duração atual das baterias. Também acho difícil que isso seja um complô mundial das fabricantes de power banks. A culpa estoura em outra ponta: a nossa, a dos consumidores.

Na hora de fabricar um smartphone, por mais que as empresas tentem nos convencer que isso é um processo de realização tecnológica e humanitária, rompendo novos limites da inovação, o objetivo principal é que a gente compre o aparelho. Segundo uma pesquisa da Samsung, na hora de comprar um aparelho, o consumidor considera primeiro a marca, depois processador e câmera, depois qualidade de tela e design, depois o sistema operacional e a memória. A bateria é o lanterninha, sendo levada em considerada por apenas 12% dos consumidores. Se não nos importamos com a autonomia, as fabricantes vão se importar menos ainda.

Essa pesquisa tinha um foco: o segmento topo de linha, onde no passado tivemos as melhores autonomias. Tivemos, pois essa nova geração tem trazido um efeito curioso: enquanto os topo de linha tem telas e chips cada vez mais “gastões” e designs cada vez mais enxutos (ou seja, com menos lugar para bateria), são os intermediários que vem tomando o topo de nosso ranking, em nossos testes mais recentes. O bom equilíbrio de desempenho do Qualcomm Snapdragon 410, telas menores e de resolução mais modesta e nenhum pudor em ser mais “gordinho” dão ao Moto E o topo de nosso benchmark, e outros aparelho intermediários como o Lumia 730 e o Galaxy Win 2 vem surgindo nas primeiras posições.

Como então resolver a questão? As empresas não vão fazer nada se não partir dos consumidores o interesse. Adicione a sua rotina de escolha de um smartphone a pesquisa sobre a autonomia dele, e não utilize apenas aquele amor à primeira vista ao pegá-lo na loja ou aquela especificação monstro como critério de decisão, na hora da compra. É um caminho para ajeitarmos as coisas, afinal carrego meu smartphone todo dia porque preciso, não porque gosto. Qualquer dono de um e-reader ou e uma smartband sabe o conforto de ter um eletrônico que chora uma tomada a cada duas semanas ou até mais, e que dura um dia inteiro… depois de dizer que está sem carga. 

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